"Assim que chegam os dois ao escritório, a temperatura do ar condicionado é alterada e estala a discussão. Um estudo vem provar que não é má vontade: eles e elas têm metabolismos diferentes, que regulam de forma distinta a temperatura corporal."
Jornal de Notícias
Segundo os investigadores do Hospital Universitário de Maastricht, na Holanda, homens e mulheres reagem de forma diferente às temperaturas porque o seu corpo possui níveis de calor separados por vários graus centígrados.
A pesquisa, publicada na revista Nature Climate Change, revela que os homens produzem maior percentagem de calor realizando o mesmo nível de atividade que as mulheres e, por isso, preferem o ar condicionado em temperaturas ligeiramente mais baixas.
A novidade é que ambos precisam de receber índices de temperatura distintos para alcançar a mesma temperatura confortável de 33 graus centígrados. Por isso, o investigador Boris Kigma sugere que os valores médios deviam ser alterados em função também do que é mais ajustado para as mulheres. Os primeiros valores de referência datam dos anos 60 e tomaram em conta um homem médio.
Outra das recomendações prende-se com a massa corporal: também o excesso de peso e a obesidade determinam notáveis discrepâncias na necessidade de equilibrar as temperatura do meio ambiente.
Por outro lado, os autores da investigação recordam que o desadequado consumo de energia dos aparelhos de ar condicionado acaba por produzir CO2 além do necessário, danificando o atmosfera. Para melhorar a eficiência energética, é muito importante que o equipamento se ajuste às pessoas que nele habitam ou trabalhem.
